domingo, 17 de maio de 2009


Ela se fechou em quarto escuro, suas lágrimas não rolavam pela feição triste e miserável, não rolavam por medo. Por não conseguir acreditar que aquilo era verdade. Seu coração foi quebrado mais uma vez. Ela sempre foi boba a ponto de acreditar que meninos são sensíveis, que amigos são pra sempre. Mas nada é pra sempre. Toda vez havia alguma situação que fazia com que as pessoas que ela mais amava se afastassem. Ela começou a refletir em tudo o que tinha feito. O que fez de errado? O que disse errado? O que, pelo amor de Deus, ela tinha feito para que tudo desse tantas voltas assim?
De olhos fechados, sua mente vagava sem destino, podia sentir o cheiro, tocar as cores, ela vivia viajando para lugares desconhecidos. Mas dessa vez sua volta à realidade foi mais difícil. Tudo o que um dia pensou pertencer a ela, tinha se perdido, mudado de dono, trocado de endereço, arrumado um novo canto para se aconchegar, e esqueceu-se dela.
A partir do momento em que, no meio de tanta escuridão e disilusão, ela absorveu a realidade, chorou. Não de tristeza, nem de raiva. De ciúmes.
No passado, quando tantos a deixaram, ela foi se tornando egoísta. Sim, Egoismo. A ponto de prender as pessoas que tinha se apegado. Claro que com isso ela se transformou em uma especialista...em quebrar seu próprio coração.
E nesse momento, enquanto a realidade rola por sua feição machucada, ela pede por socorro. Por alguém que possa ser só dela, e não reclame. Alguém que arranque o egoísmo do seu coração calejado. E que a faça feliz.




Qualquer semelhança é mera coincidêndia. (:

Boa semana a todos.

Um comentário:

  1. já me senti assim, igual ela. algumas vezes, mas deixei de cobrar dos outros, e aprendi a deixar eles partirem, eu não vou deixar que meu egoismo e ciumes os prendam, é dificil mas melhor para eles.
    te amo ana

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