sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Out of Sight



As ruas estavam molhadas da chuva que caíra há pouco, ela caminhava sozinha em direção à estação de trem, porém sem malas, não sabia para onde iria. A única coisa que importava é que ela estava de partida, e que não gostaria de voltar.
Ela sempre soube que fugir não adiantaria nada, seus problemas, por menores que fossem, não iriam simplesmente sumir. Mas era um alívio poder sair de sua casa, sentir o vento frio de começo de inverno que batia em seu rosto e admirar as silhuetas das árvores, que já tinham perdido todas as suas folhas.
Sua cidade era a primeira estação, haviam mais 12 paradas até o trem chegar à sua reta final. Ao sentar-se no trem, começou a pensar em como não aguentava mais nenhum tipo de pressão, tanto pelas pessoas como por parte de si mesma. Era como se sua vida inteira tivesse que ser decidida naquele instante.
Eram muitas escolhas, muitas visões, muitos sonhos, muitas vontades, para apenas uma noite sem destino.

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